terça-feira, 20 de setembro de 2011

UM OLHAR SOBRE AS CRIANÇAS ÍNDIGO






Palestra de Divaldo Franco sobre as Crianças Índigo e Cristais

Por Iara da Silva Machado

Tenho me dedicado como profissional da área de Psicologia há dezenove anos ao atendimento clínico de crianças e jovens, ouvintes e surdos, de João Pessoa, outros municípios e estados, portanto este artigo propõe uma reflexão sobre um dos fenômenos comportamentais bastante polemizados no momento atual: As crianças índigo. E não sugiro aqui pontos de vista rígidos e inflexíveis, mas alguns aspectos que envolvam esclarecimentos sobre o tema. Ao final do texto sugiro uma bibliografia.


É aos pais, educadores e todos aqueles que direta ou indiretamente lidam com crianças no seu cotidiano que dirijo as palavras abaixo.


1- No final da década de 80, Lee Carroll, administrador e economista norte americano passou a estudar, pesquisar e escrever sobre metafísica, adentrou na senda espiritualista e publicou livros de auto-ajuda.

2- Jan Tober, americana, escritora, estudiosa da metafísica, cantora que promove workshop denominado Som e Cor e envolve o eixo da meditação, e é conferencista reconhecida pela Organização das Nações Unidas.

Juntos, Lee Carroll e Jan Tober desenvolveram um livro, no final da década de 90, a partir das experiências compartilhadas em workshops, seminários e vivências, sobretudo nos depoimentos de mães, e intitularam este livro de Crianças Índigo. O título refere-se à canalização visual, daqueles que denominaríamos de médiuns videntes que perceberam o campo energético (aura) dessas crianças nessa cor específica.



O conceito de criança índigo é aquela que apresenta um conjunto de características psicológicas incomuns e um padrão de comportamento ainda não classificado pela ciência.


Jan Tober e Lee Carroll compilaram quatro eixos comportamentais: O Artístico; o Humanista; o Conceitual; e o Interdimensional.


Este estudo, sobretudo por ter sido constituído de experiências, ou seja, eles se conduziram da prática à teorização, despertou o interesse de segmentos da área médica, educacional e psicológica, a fim de verticalizar estas informações e reconhecer sua validação de modo global e não apenas sócio-cultural (cultura norte-americana).


No Brasil, este estudo foi aprofundado por Egidio Vecchio, argentino radicalizado no Brasil desde 1972, doutor em Psicologia Clínica pela Universidade Argentina John F. Kennedy, foi responsável em nosso país pela introdução da Análise Transacional de Eric Berne,  pesquisador, professor universitário, conferencista e escritor, reside em Porto Alegre, RS, e está à frente do Instituto Portal do Índigo e da Escola Brasileira de Reiki. Em outubro de 2005 promoveu em Porto Alegre a I Jornada Brasileira Pró-Índigos.


O foco dos estudos e vivências do Dr. Egidio Vecchio sobre as crianças índigo não passa pelo ilusionismo de reconhecê-las como “salvadoras do planeta Terra”, mas como almas que renasceram com possibilidades de contributo para a re-educação das famílias, pela lei natural que nós espíritas acatamos: a Lei do Progresso! São espíritos que ao longo das sucessivas reencarnações adquiriam aptidões e habilidades que favorecem uma reorganização do psiquismo, portanto, das respostas de comportamento nas relações interpessoais.


Por serem seres ainda portadores de necessidades de burilamento em algumas áreas do desenvolvimento espiritual, não são almas “infalíveis” (se é que podemos usar esse termo, mas que se entenda apenas para ilustrar), ou seja, por exemplo, um índigo interdimensional, tem a condição de fomentar novas filosofias, só que ele tem um potencial de muita concentração de energia no corpo físico, é como “um dique contido”, portanto, a educação familiar dessa criança, posto que a família como diz Joanna de Ângelis continua sendo a “base fundamental sobre a qual se ergue o imenso edifício da sociedade”, precisará de muito exercício de limites e ordem e normatização num perfil como esse, não estamos falando de autoritarismo ou castração, mas de limites definidos, para que esse potencial que a criança é portadora seja educado, para que este quanto energético disperso não se transforme em ferramenta de agressão social. Toda energia pessoal deseducada é uma arma em potencial contra o próprio ser humano.


Logo, neste exemplo, o ponto fundamental não é o quão violento a pessoa posse se tornar, como um sociopata ou psicopata, mas como a educação familiar consciente poderá favorecer a potencialidade desta criança, que traz no seu arsenal subconsciente a condição de bem educada, melhor dirigida, ajudar de modo mais eficiente o progresso planetário.


Então, deslocamos a atenção da criança índigo para a maturação da percepção dos pais dessas crianças, porque em última análise a proposta é para a reeducação dos pais, aprenderem a lançar um olhar novo e individual para os filhos, focando a habilidade dele, se esforçando para contribuir para uma forma de educação muito diferente daquela que eles receberam.


A avaliação de um perfil de criança índigo envolve testes e observações inúmeras, no meu caso pessoal, temos um material descritivo de cerca de 50 páginas, para traçar um perfil, não é algo leviano, ilusório, é uma ferramenta científica.


O nosso planeta está doente, porque o ser humano está doente. A providência divina está atuando através deste fenômeno de comportamento em alguns grupos de crianças, em todos os continentes, para que nós todos possamos lançar um olhar para quão feridas estão as nossas crianças interiores, e cuidar delas, não permanecermos retroalimentando as doenças da alma, mas podendo deixar que os pequeninos nos apontem formas novas de viver.


Tenho convicção, e isso é bom para minha especialidade, que algo diferente tem acontecido no comportamento de algumas crianças, é meu dever como profissional de estudos da mente humana, não me negar a olhar e enxergar tudo isso e como pessoa e mãe, com convicção igual nos preceitos da doutrina espírita, não vejo inadequação ou contradição nessas propostas, e sim uma teoria nova e como nova ainda está ajustando-se a um espaço nas nossas mentes e corações, isso faz parte da lei de destruição: desapegar dos padrões e conceitos antigos, não é fácil, mas independente do que pensemos: o novo sempre vem, ainda assim podemos nos fiar na lei de liberdade, e com uso do livre arbítrio não desejarmos vivenciar isso agora, somos livres para lançar um olhar para onde desejarmos, mas não vamos deter a marcha do movimento do mundo.


Mesmo quem não acredite em nada disso que foi exposto, e conseguiu ler até aqui, solicito que apenas traga à lembrança de um passado mais recente, de 30, 20 ou 15 anos atrás quando nós próprios recebemos em nossos braços, os nossos filhos, e eles bebês, nos olharam pela primeira vez, sem nenhum excesso de expressão, creio que nunca mais fomos os mesmos. E isso é maravilhoso!


Os filhos são profundos atualizadores da vida dos pais.
Muita Paz a Todos!



Iara da Silva Machado
Psicóloga Clínica Especialista – CRP13/2262
Especialista em Psicologia da Infância e Adolescência
Analista em Bioenergética
Psicóloga Transpessoal
Terapeuta em Deep Memory Process (DMP)
(By Dr. Roger Woolger)


FONTES:
CARROLL, Lee e Jan Tober. Crianças Índigo. Editora Butterfly. São Paulo. 2005.
FRANCO, Divaldo Pereira e Vanessa Anseloni. A NOVA GERAÇÃO: A visão espírita sobre crianças índigo e cristal. Editora Leal. 2ª edição. Salvador. 2006.
FRANCO, Divaldo Pereira; Joanna de Ângelis (Espírito). Constelação Familiar. Editora Leal. Salvador. 2008.
VECCHIO, Egidio. Educando Crianças Índigo. Editora Butterfly. São Paulo. 2006.

2 comentários:

  1. Iara Amiga! Parabéns por mais essa ferramenta do bem ao próximo. Que Jesus continue abençoando sua vida, sua familia, seu trabalho de puro amor.
    Obrigado. Muita Paz!
    Borba

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  2. Caro amigo Borba!
    Suas palavras são incentivo a que possamos continuar cultivando a certeza de que estamos todos num aprendizado diário, ora validando estudos, ora ampliando o nosso olhar sobre esses mesmos conceitos e outros que advém, renovando, refletindo, crescendo...
    Em gratidão.
    Abraços de paz,
    Iara.

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