CARNAVAL: EUFORIA OU ALEGRIA?
Iara da Silva Machado
Estamos
próximos ao evento social que atrai milhares de pessoas para um contato com a
música, a dança, os sorrisos, os encontros e também os excessos, os abusos, as
dores...
É
importante que tenhamos prazeres na vida, momentos de pausa para o descanso, o
deleite, quando o trabalho, o estudo e as obrigações cotidianas exigem uma
disciplina e responsabilidades altas...
Essas
justificativas são plausíveis e acertadas até certo ponto de vista, no entanto
é interessante atentar para o que chamamos de alegria.
A
alegria é uma forte impressão de prazer causada pela posse de um bem real ou
imaginário (Dicionário Virtual Aurélio, acessado em 08/02/12), e é nesse
conceito que solicitamos atenção, pois o bem que a percepção da alegria traz
pode ser REAL ou IMAGINÁRIO.
O
poder imaginativo é reconhecido como uma função psicológica superior, ou seja,
pode ser uma porta de entrada para a construção de algo saudável, positivo e
duradouro, mas também pode ser distorcido para o campo do ILUSÓRIO onde a
pessoa se nutre daquilo que é enganoso, mentiroso e irreal.
Dimensionar
o que é lazer no período carnavalesco onde é fácil exceder-se pelo
“self-service” de erotismo promíscuo que travestido de muito “brilho e
purpurina” parece natural e até belo, é uma tarefa gigante.
A
euforia causa uma sensação de bem estar e satisfação temporários parecido com a
alegria. Logo, discernir entre o estado eufórico e a alegria legítima é
desafiador para uma cultura que prima pelo imediatismo das sensações.
O
exercício maior quando estamos diante do que parece o máximo, sobretudo na real
juventude ou nos adultos que regridem para uma ‘juventude tardia’ é RECONHECER
OS PRÓPRIOS LIMITES E... RESPEITA-LOS.
É
um treino imenso dizer NÃO para o que socialmente é validado para dizer SIM. Como
o descartar uns aos outros, numa conduta de significar as pessoas como se
fossem coisas ou objetos, simplesmente porque é ‘atual e natural?!!!’ ficar por
ficar; beber por beber; fazer sexo com ‘estranhos’, onde só há os Corpos
em luxúria e não as Almas em encontro, dentre outras
aberrações do comportamento humano pós-moderno. Exercitar esse NÃO é escolher estar
na contra mão de muitos, e a favor de Si Mesmo.
Viver
no mundo sem ser do mundo foi uma das lições morais do grande educador de
Almas, Jesus, e outros avatares contemporâneos validam a importância de cuidar
do Corpo e do Espírito. A alegria é um elixir para seguir na vida com leveza,
mas lembrar que a verdadeira felicidade não é deste mundo também, portanto
cuidar-se para viver com a dignidade de acordar no dia seguinte à quarta feira
de cinzas sem culpas ou remorsos de ter deixado de ser o Si Mesmo por uma
atitude imprudente ou leviana, por um impulso de momento, por uma ação
delinqüente que a consciência chamará à responsabilidade, pois que poderemos
fugir de todas as leis externas, mas nunca conseguiremos extirpar a consciência
de culpa que habita em cada um quando sabemos o mal que disseminamos no caminho
equivocado que escolhemos percorrer. A plantação é livre, mas a colheita é
obrigatória, para todos, sempre, já dizia o Mestre.
Sejamos
aprendizes da LUZ e tenhamos momentos de ALEGRIA em quaisquer festas sociais,
recordando que queremos seguir em PAZ nos dias seguintes...
Para:
Anahataespaoterapeutico.blospot.com
Garimpandopalavras.blogspot.com
www.pbnoticias.com
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