Este espaço é uma ponte para trocas discursivas, reflexões, divulgações de trabalhos terapêuticos e vivências transpessoais, comentários e orientações familiares. Um cantinho virtual para aproximar nossas leituras e releituras de valores, percepções e ressignificações. A PROPOSTA É SIMPLES E REVESTIDA DA VONTADE DE PARTILHAS DE EVENTOS E PORTAIS DE CURA QUE POSSAM CONTRIBUIR PARA NOSSAS JORNADAS PESSOAIS MAIS PROFUNDAS. BOA VIAGEM AO CORAÇÃO E A VERDADE DE CADA UM! ABRAÇOS DE PAZ!
domingo, 26 de fevereiro de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL: UM NOVO OLHAR SOBRE A INTEGRALIDADE DO SER
Por: Iara da Silva Machado*
“A presente crise nasceu do culto do intelecto, e
foi o intelecto que dividiu a vida numa série de ações opostas e
contraditórias; foi o intelecto que negou o fator de unificação que é o amor.”
J. Krishnamurti citado por Crema, 1989
O
ciclo do paradigma mecanicista, racionalista e fragmentador parece estar
chegando a finitude, em detrimento de um novo olhar sobre o ser humano em
comunhão com diversos aspectos que o constitui. Assistimos o nascimento desse
novo paradigma, cujo um dos nomes de batismo
é o holismo, do grego holos, totalidade.
O
holismo é uma concepção sistêmica da vida e do mundo, baseada na consciência do
estado de inter-relação e interdependência essencial de todos os fenômenos
físicos, biológicos, psicológicos, sociais, culturais e espirituais.
Segundo
Weil (1982) o paradigma cartesiano levou a um conceito fragmentado do
conhecimento, com conseqüências desastrosas para a própria sobrevivência da humanidade.
Assim
a Holística traduz uma perspectiva na qual o todo e cada uma de suas sinergias estão estreitamente ligados, em
interações constantes e paradoxais. O paradigma holístico considera cada
elemento de um campo como um evento que reflete e contém todas as dimensões do
campo: metáfora do holograma. O
caráter paradoxal dessa terminologia é uma alusão aos diferentes paradoxos que
se defronta atualmente a física quântica, na qual os eventos se tornam ilógicos
do ponto de vista da lógica formal de não-contradição, habitual na macrofísica.
(Weil, 1990).
A
Psicologia Transpessoal surgiu nos Estados Unidos, nos anos 60, a partir de um
movimento que se tornou conhecido como a “quarta
força” em Psicologia, após o Behaviorismo, a Psicanálise e a Psicologia Humanista.
Seu objeto primordial de estudo é a consciência humana, que não pode ser
reduzida a limites nem ser captada em sua totalidade, sendo então um movimento
de percepção do Ser em permanente processo de expansão.
A
concepção holística ou sistêmica só é nova no âmbito do conhecimento oficial
ocidental, pois ela já é desenvolvida pelas grandes escolas da tradição
ocultista ocidental, tais como a alquimia, a cabala e a astrologia. Além de
estar no axioma de base de filosofias como o hinduísmo, o taoísmo chinês, o
budismo e o zen-budismo trazendo a visão do holos na idéia de que tudo é vivo, desde a menor partícula do átomo até Deus,
sendo a essência vital de todas as formas criadas exatamente a mesma. (Tabone,
2009).
O
desenvolvimento de uma investigação acadêmica, em relação à Psicologia
Transpessoal é justificada segundo Saldanha (2008) pelos seguintes pressupostos:
- É uma área recente na Psicologia, que surgiu como um desdobramento da escola humanista, tendo sido oficializada por Maslow na década de 60 do século XX com poucos trabalhos acadêmicos na área da educação.
- É uma teoria que apresenta algumas especificidades, a exemplo da integração do cognitivo, emocional, sensorial e intuitivo em sua aplicação na educação, como aprendizagem significativa.
- Tem uma proposta de ensino experiencial, a qual pode favorecer a emergência de aspectos de maior sabedoria e capacidade no indivíduo, os quais não estão disponíveis, usualmente, em sua consciência de vigília e na vida cotidiana, sendo importantes para o ensino da Psicologia Transpessoal e, provavelmente, para o ensino de outras disciplinas.
- Apresentar a vivência transpessoal ou a vivência de diferentes estados de consciência, como um aspecto importante para o enfoque educacional, uma vez que a percepção da realidade se dá de acordo com o nível ou estado de consciência do indivíduo.
A
Psicologia Transpessoal é um convite para perceber o indivíduo como um Ser em
contínuo processo de evolução e maturação de faculdades de toda ordem, seja
biológica, psicológica, sociológica e/ou espiritual.
A
Abordagem Integrativa Transpessoal traz em si um caminho real em uma abordagem
espiritual na Psicologia neste novo milênio, possibilitando novos conhecimentos
e perspectivas sobre a consciência e o seu pleno despertar na educação, na
saúde, na vida pessoal e profissional. Proporciona também de forma efetiva um
maior e melhor engrandecimento à humanidade, da qual todos somos parte, promove
o ser e o estar no mundo de forma mais plena ao se integrar com consciência à
dimensão transpessoal. (Saldanha, 2008).
Lançar
um olhar desprovido de reservas sobre
o novo não é tarefa fácil, contudo pode ser um caminho de renovação e ampliação
do que já se têm agregado como “verdades”, para cuidar de si e favorecer outros
elementos e ferramentas de auxílio àqueles que circundam a nossa esfera vivencial.
Todo
organismo que se fecha, tende a sucumbir em si mesmo.
Fontes
Bibliográficas Consultadas:
CREMA.
Roberto. Introdução À Visão Holística. Summus
Editorial. 1989.
TABONE.
Márcia. A Psicologia Transpessoal. Editora
Cultrix. 2009.
SALDANHA.
Vera. A Psicoterapia Transpessoal. Editora
Rosa dos Tempos. 1999.
SALDANHA,
Vera. Psicologia Transpessoal –
Abordagem Integrativa. Um Conhecimento Emergente em Psicologia da Consciência. Editora
UNIJUÍ. 2008
WEIL.
Pierre. Holística: Uma Nova Visão E
Abordagem do Real. Palas Athena Editora. 1990.
*Iara da
Silva Machado. CRP13/2262. Psicóloga Clínica Especialista; Psicóloga
Transpessoal; Psicoterapeuta em Análise Bioenergética; Terapeuta em DMP – Deep
Memory Process.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
CARNAVAL: EUFORIA OU ALEGRIA?
Iara da Silva Machado
Estamos
próximos ao evento social que atrai milhares de pessoas para um contato com a
música, a dança, os sorrisos, os encontros e também os excessos, os abusos, as
dores...
É
importante que tenhamos prazeres na vida, momentos de pausa para o descanso, o
deleite, quando o trabalho, o estudo e as obrigações cotidianas exigem uma
disciplina e responsabilidades altas...
Essas
justificativas são plausíveis e acertadas até certo ponto de vista, no entanto
é interessante atentar para o que chamamos de alegria.
A
alegria é uma forte impressão de prazer causada pela posse de um bem real ou
imaginário (Dicionário Virtual Aurélio, acessado em 08/02/12), e é nesse
conceito que solicitamos atenção, pois o bem que a percepção da alegria traz
pode ser REAL ou IMAGINÁRIO.
O
poder imaginativo é reconhecido como uma função psicológica superior, ou seja,
pode ser uma porta de entrada para a construção de algo saudável, positivo e
duradouro, mas também pode ser distorcido para o campo do ILUSÓRIO onde a
pessoa se nutre daquilo que é enganoso, mentiroso e irreal.
Dimensionar
o que é lazer no período carnavalesco onde é fácil exceder-se pelo
“self-service” de erotismo promíscuo que travestido de muito “brilho e
purpurina” parece natural e até belo, é uma tarefa gigante.
A
euforia causa uma sensação de bem estar e satisfação temporários parecido com a
alegria. Logo, discernir entre o estado eufórico e a alegria legítima é
desafiador para uma cultura que prima pelo imediatismo das sensações.
O
exercício maior quando estamos diante do que parece o máximo, sobretudo na real
juventude ou nos adultos que regridem para uma ‘juventude tardia’ é RECONHECER
OS PRÓPRIOS LIMITES E... RESPEITA-LOS.
É
um treino imenso dizer NÃO para o que socialmente é validado para dizer SIM. Como
o descartar uns aos outros, numa conduta de significar as pessoas como se
fossem coisas ou objetos, simplesmente porque é ‘atual e natural?!!!’ ficar por
ficar; beber por beber; fazer sexo com ‘estranhos’, onde só há os Corpos
em luxúria e não as Almas em encontro, dentre outras
aberrações do comportamento humano pós-moderno. Exercitar esse NÃO é escolher estar
na contra mão de muitos, e a favor de Si Mesmo.
Viver
no mundo sem ser do mundo foi uma das lições morais do grande educador de
Almas, Jesus, e outros avatares contemporâneos validam a importância de cuidar
do Corpo e do Espírito. A alegria é um elixir para seguir na vida com leveza,
mas lembrar que a verdadeira felicidade não é deste mundo também, portanto
cuidar-se para viver com a dignidade de acordar no dia seguinte à quarta feira
de cinzas sem culpas ou remorsos de ter deixado de ser o Si Mesmo por uma
atitude imprudente ou leviana, por um impulso de momento, por uma ação
delinqüente que a consciência chamará à responsabilidade, pois que poderemos
fugir de todas as leis externas, mas nunca conseguiremos extirpar a consciência
de culpa que habita em cada um quando sabemos o mal que disseminamos no caminho
equivocado que escolhemos percorrer. A plantação é livre, mas a colheita é
obrigatória, para todos, sempre, já dizia o Mestre.
Sejamos
aprendizes da LUZ e tenhamos momentos de ALEGRIA em quaisquer festas sociais,
recordando que queremos seguir em PAZ nos dias seguintes...
Para:
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
HONRANDO A VIDA ATRAVÉS DA ENERGIA DA GRATIDÃO
Iara da Silva Machado
A responsabilidade de dar conta de Si Mesmo, evitando atribuir aos outros o bem ou mal estar diante da vida é uma atitude hercúlea, então surge almas generosas que trazem convites maravilhosos para experimentarmos a ação do autorespeito, que gera em desdobramento a aceitação dos fenômenos diários ditos positivos ou negativos, esperados ou inesperados pela consciência ordinária, tal conduta, reverbera na energia da gratidão por TUDO e TODAS as ocorrências de uma existência.
A etiologia da palavra gratidão vem do latim e significa literalmente graça, ou gratus que se traduz como agradável. Por extensão, significa reconhecimento agradável por tudo quanto se recebe ou lhe é concedido. (Divaldo Franco/Joanna de Ângelis).
Não se trata de uma acomodação passiva, e sim de uma ação amorosa em favor do Si Mesmo, é uma visão ampliada do uso do poder pessoal, que prefere não dissipar energia emocional e mental nas ocorrências de toda ordem, preferindo observar os fatos e avaliar através de perguntas como: Qual a lição que a Vida me traz com esse momento? O que posso aprender com isso para dar mais qualidade ao meu viver?
Assim procedendo reaprende-se a enxergar a vida com o olhar de uma criança, isto é, o olhar do presente, do aqui agora; que em verdade é o que realmente temos: o agora, porque o depois, o momento seguinte...quem o sabe qual será?
Assim, ao contemplar uma rosa exalando perfume, conduzido suavemente pelos ventos, lembremos que essa postura das flores e rosas é uma forma de gratidão, que o reino vegetal utiliza, externando a transformação do húmus e da água em delicado aroma. O lírio nasce límpido, no charco dos pantanais, numa ação de profunda gratidão ao campo que o acolheu, desabrochando numa beleza singular.
Os avatares da humanidade já são assim, como rosas e flores que não contestam as dificuldades das sementes e após muitas mortes permitem que o hálito de Deus se manifeste através da sua forma exuberante.
Em gratidão...
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