A vida cotidiana
convida a todos a construir, desconstruir e reconstruir conceitos, ideias e atos
sempre que somos chamados a experienciar momentos que a personalidade jamais
pensou ser capaz de vivenciar.
Quantas verdades ao
longo de uma existência de setenta, oitenta, noventa anos são refeitas,
ressignificadas e até transformadas em novos olhares e perspectivas?!!
A veneranda Joanna de
Ângelis convoca aqueles que têm ouvidos de ouvir e olhos de ver a conhecer a
terapêutica espiritual do amar,
enquanto recurso singular no processo de autocura da alma.
Afirma a Mentora
Espiritual:
Quando
se busca o amor, possivelmente não será encontrado em pessoas, lugares ou
situações, que pareçam propiciatórias. É indispensável descobri-lo em si mesmo,
de modo a ampliá-lo no rumo das demais pessoas. (2015)
Nesta perspectiva,
fazendo uma viagem no túnel do tempo da minha existência atual, recordo um
período de busca de sentido, de utilidade pessoal e ajustes sociais, e a
chegada de um amigo, convidando a conhecer um trabalho junto a crianças de
abrigos. Naquele momento, em que buscava um contato mais íntimo e honesto
comigo mesma, considerei inusitado o convite de ir ao encontro de crianças.
Recordo a primeira
visita aquela instituição, acompanhada da minha filha Raiza, aos 6 anos de
idade.
Quanta emoção sentimos
ao vê naquele dia, num berçário, vinte bebês, completamente disponíveis para
doar amor!
Eu e Raiza fomos
presenteadas com bracinhos e olhos sedentos de contato e aproximação humana
despretenciosas.
Por alguns anos nos
demos aquele presente semanal, a terapêutica do Amor. Recebíamos mais, bem mais
do que oferecíamos aquelas crianças.
Uma nutrição de alma. Uma cura!
Abrir o coração para
doar é uma alquimia divina, pois de maneira sincrônica recebemos a devolutiva
espontânea da natureza primária da humanidade, a essência original, que o João,
Evangelista, traduziu ao dizer: Deus é Amor!
Iara da Silva Machado
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