sexta-feira, 18 de abril de 2014

A RODA DA CURA

Iara da Silva Machado
Todo lugar é um lugar sagrado. Cada centímetro da Mãe Terra possui uma energia especial que está em conexão com algum ser vivo e merece, portanto, ser honrado. A Roda de Cura é uma expressão física do conhecimento desta verdade e pode ser usada para estabelecer um espaço sagrado ritualístico. É constituída pelo posicionamento em círculo, de doze grandes pedras, a intervalos regulares, como os números indicadores das horas no mostrador de um relógio.
A disposição das pedras segue as direções do SUL, o lugar da criança, onde a vida começa, depois o OESTE, em seguida o NORTE, e finalmente o LESTE. As energias penetram pela porta Oriental.
A Roda de Cura é utilizada para manter unidas as energias da natureza viva, o Povo de Pedra, a Mãe Terra, o Pai Céu, o Avô Sol, a Avó Lua, a Grande Nação das Estrelas, os Subterrâneos, o Povo-em-Pé (As Árvores), os Duas Pernas (Os Humanos), os Irmãos e Irmãs do Céu e os Seres-Trovão. São todos nossos parentes.
Uma cerimônia é uma forma de reconhecer, admitir e louvar as conexões existentes entre todas as formas de vida, expressando a gratidão pelos cantos, danças e rituais diversos. Ela é sempre realizada sob a orientação e proteção do Grande Espírito e do Grande Mistério.
A Roda de Cura é um símbolo da Roda da Vida, em perene movimento, trazendo sempre novas lições, as novas verdades a medida que avançamos no Caminho.
A Roda de Cura nos ensina que todas as lições da vida são válidas, bem como todos os dons e talentos que foram concedidos pelo Grande Mistério.
A Roda de Cura é um caminho para a Verdade, a Paz e a Harmonia. A roda nunca para de rodar. A Vida não tem fim!
Vivenciando as experiências da Boa Estrada Vermelha, aprendemos a Lição desta vida, aprendemos o que significa, realmente, ser humano.
Esta estrada corta a Roda de Cura, vinda do Sul em direção ao Norte. Depois de passar pelo Portal da Morte, ingressamos na Estrada Azul ou Negra, o mundo dos Avôs e das Avós. Todos continuamos a aprender na esfera espiritual, por meio dos conselhos concedidos àqueles que permanecem na Boa Estrada Vermelha. A Estrada Azul corta a Roda de Cura no sentido leste-oeste.
A Roda de Cura representa a vida, a Vida após a vida, o renascimento e um louvor a cada uma das etapas do Caminho.

Fonte: Adaptado do livro Cartas Xamânicas. Jamie Sams & David Carson. Ed. Racco

DANÇAS CIRCULARES

É com grande alegria que lhes enviamos o calendário das Danças Circulares da UNIPAZ PE, focalizadas por Rose Morais e Jaidene Pires. Nossa proposta é fortalecer a pratica das danças circulares no estado de Pernambuco, por meio de vivências que buscam favorecer o encontro com a essência mutante e em movimento de cada ser e  sua integração harmoniosa com os outros, na constante busca do equilíbrio do amor entre todos os seres. As danças circulares, como manifestação da essência do sagrado dos povos, é um canal fluido de encontro consigo mesmo, com o outro e um caminho na construção da Paz.

A primeira roda acontecerá no dia 
09 de abril e a programação contempla as vivências de rodas regulares, realizadas nas quartas-feiras, de 19:30 às 21:00 horas, cujo valor do investimento é R$ 20,00 por noite; e as oficinas que acontecerão nos sábados, de 08:30 às 18:00 horas (valor a ser informado posteriormente).


Esperamos a tod@s com muita alegria!
UNIPAZ/Recife/PE

CALENDÁRIO DAS  DANÇAS CIRCULARES 2014.

Focalizadoras: Rose Morais e Jaidene Pires

Meses
DIA

Horário


ABRIL
09
19:30 as 21:30
23
19:30 as 21:30

MAIO
14
19:30 as 21:30
21
19:30 as 21:30
24
08:30 as 18:30
JUNHO
18
19:30 as 21:30

JULHO
02
19:30 as 21:30
12
08:30 as 18:30

AGOSTO
09
08:30 as 18:30
13
19:30 as 21:30
20
19:30 as 21:30

SETEMBRO
10
19:30 as 21:30
13
08:30 as 18:30

OUTUBRO
08
19:30 as 21:30
15
19:30 as 21:30
NOVEMBRO
08
08:30 as 18:30

DEZEMBRO
06
19:30 as 21:30
10
19:30 as 21:30
17
19:30 as 21:30
20
08:30 as 18:30


























Endereço: Rua Dr. Eneas de Lucena, Nº 244 – Encruzilhada

Fones: 81- 3244-2742, 9685-2246 (Tim), 8895-1503 (Oi)

AS SETE PENAS DO CAMINHO SAGRADO


IANSÃ & OXUM: O FEMININO MITOLÓGICO DOS ORIXÁS!

OIÁ - IANSÃ NASCE NA CASA DE OXUM
Iara da Silva Machado


Um rei tinha uma filha chamada Ala.
Ele queria casá-la com um príncipe poderoso.
No entanto, a princesa tinha um amante
E do amante ela esperava um filho.
Sabedor do fato, o rei resolveu matá-la.
Numa barca levou a princesa até o meio do rio,
Do rio onde vivia Oxum.
Jogou a princesa no meio do rio, a casa de Oxum.
O rei tinha um papagaio que o acompanhava sempre.
O papagaio tudo presenciou.
Tempos depois, alguns pescadores viram uma caixa boiando no rio.
Foram ver de perto e dentro tinha uma criança.
Assustaram-se com o que viram.
Temerosos, abandonaram seu achado na margem do rio.
Pelo mesmo lugar passou outra embarcação.
Seus ocupantes foram atraídos pelo choro de criança.
Os viajantes recolheram a criança
E a levaram como presente ao rei.
O rei ficou feliz com o presente
E resolveu apresentar a criança ao povo como sendo filha sua.
Ele sentia falta da filha que afogara,
Sentia-se sozinho.
Deu uma festa para apresentar a nova filha que adotara
Quando todos estavam reunidos
O papagaio contou-lhes acerca de todo o sucedido.
Disse que a menina havia nascido na casa de Oxum,
Portanto, deveriam devolvê-la ao rio.
O rei então se deu conta de que a menina era sua neta
E devolveu-a ao rio onde nascera.
A criança cresceu protegida por Oxum.

Essa menina era Oiá - Iansã.
OXUM É CONCEBIDA POR IEMANJÁ E ORUNMILÁ


Um dia, Orunmilá saiu de seu palácio
Para dar um passeio acompanhado de todo o seu séquito.
Em certo ponto deparou com outro cortejo,
Do qual a figura principal era uma mulher muito bonita.
Orunmilá ficou impressionado com tanta beleza
E mandou Exu, seu mensageiro, averiguar quem era ela.
Exu apresentou-se ante a mulher com todas as reverências
E falou que seu Senhor, Orunmilá, gostaria de saber seu nome.
Ela disse que era Iemanjá, rainha das águas, e esposa de Oxalá.
Exu voltou a presença de Orunmilá
E relatou tudo o que soubera da identidade da mulher.
Orunmilá, então, mandou convidá-la ao seu palácio,
Dizendo que desejava conhecê-la.
Iemanjá não atendeu de imediato ao convite,
Mas um dia foi visitar Orunmilá.
Ninguém sabe ao certo o que se passou no palácio,
Mas o fato é que Iemanjá ficou grávida após a visita a Orunmilá.
Iemanjá deu à luz uma linda menina.
Como Iemanjá já tivera muitos filhos com seu marido,
Orunmilá enviou Exu para comprovar se a criança
Era mesmo filha dele. Ele devia procurar sinais no corpo.
Se a menina apresentasse alguma marca,
Mancha ou caroço na cabeça seria filha de Orunmilá
E deveria ser levada para viver com ele.
Assim foi atestado, pelas marcas de nascença,
Que a criança mais nova de Iemanjá era de Orunmilá.
Foi criada pelo pai, que satisfazia todos os seus caprichos.
Por isso cresceu cheia de vontades e vaidades.
O nome dessa filha é Oxum.

Fonte: MITOLOGIA DOS ORIXÁS. Reginaldo Prandi. Companhia das Letras, 2001