IARA
DA SILVA MACHADO
Em cada época, a realização da
moral é inseparável de certos princípios básicos ou regras básicas de
comportamento que a sociedade em seu conjunto, ou uma de suas partes, apresenta
a toda a comunidade social ou a um grupo de seus membros.
Esses princípios morais básicos
nascem da relação com determinadas necessidades sociais, e a realização da
moral tem vinculação com as condições sociais as quais se refere, com as
aspirações e interesses que os inspiram e com o tipo concreto de relações
humanas que pretendem regulamentar.
Essas reflexões trazidas por
Adolfo Sanchez Vãzquez, no livro Ética, traz a percepção do quanto as
avaliações acerca da conduta humana não deveriam ser pautadas num único foco do
“eu acho isso ou aquilo do outro”, porque
o ato moral implica a consciência e a liberdade, mas só pode ser livre e
consciente a atividade dos indivíduos concretos, por isto, em sentido próprio,
tem caráter moral somente os atos dos indivíduos enquanto seres conscientes, livres e
responsáveis, ou também os atos coletivos, enquanto forem planejados
em conjunto e realizados conscientemente em comum por diferentes
indivíduos. Assim, portanto, o verdadeiro agente moral é o indivíduo como ser
social.
A família por ser a forma mais
elementar e mais primitiva de comunidade humana foi chamada de célula social.
Nela se realiza o princípio da propagação da espécie e se desenrola, em grande
parte, o processo de educação do indivíduo nos seus primeiros anos, assim como
a formação da sua personalidade, por tudo isto, assume grande importância do
ponto de vista moral.
Em sentido estrito, a família é
a comunidade formada por pais e filhos. Na família articulam-se laços naturais
ou biológicos e relações sociais que prevalecem e influem sobretudo na forma e
na função da comunidade familiar. Sua base é o amor como sentimento que
se eleva sobre a atração mútua de caráter sexual, alicerçando assim em bases
mais sólidas a união dos cônjuges.
Na atualidade novos mecanismos
relacionais se apresentam como desafio para a harmonia familiar, no sentido da
educação infantojuvenil, na globalização, nas reformulações de interesses que
permeiam a família nos níveis material, emocional, intelectual e espiritual.
A moral, no sentido de um
sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as
relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal
maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam
acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma
maneira mecânica, externa ou impessoal, tem sido testada todos os dias nas
relações doméstico-familiares, quando as convicções internas dos pais ou
cuidadores são confrontadas pelas ideias dos jovens contemporâneos, solicitando
um olhar novo para algumas ações e a
firmeza de argumentos ditos antigos, no
entanto, atuais e necessários para a ordem e o equilíbrio do desenvolvimento do
ser que estagia na juventude, acreditando muitas vezes que tem o controle remoto do mundo nas mãos, convidando
subconscientemente os pais para ajuda-los a sair deste equívoco e mesclar o novo com o velho, o bom lado do novo e o útil lado do velho como parceiros de
evolução para uma qualidade de vida melhor para muitos no âmbito da família,
qualificando assim a própria sociedade para melhor.
PARA:
PBNOTICIAS – OUTUBRO/2012
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