IARA DA SILVA MACHADO
O médico psiquiatra e psicanalista Gerald Epstein, em seu
livro Imagens que curam diz que,
Assim como a intuição,
o pensamento em forma de imagens mentais é um tipo de pensamento não-lógico. O
pensamento lógico e discursivo é utilizado para fazermos contato com as outras
pessoas no cotidiano e com aquilo que pode ser chamado de realidade objetiva.
As imagens mentais são um tipo de pensamento usado para fazermos contato com
nossa realidade subjetiva interna. (1990, p.13-14).
Logo, nos processos de aprendizagem diária, nas relações
doméstico familiares, profissionais e sociais as pessoas são convidadas a
experimentar trocas afetivas positivas e negativas, a depender dos valores,
crenças e posicionamentos que tenham assimilado ao longo da vida. Dessa forma,
as pessoas possuem um acervo de memórias, que enquanto linguagem pode ser
traduzida em imagens, verdadeiros quadros vivos felizes ou dolorosos que
impregnam o presente, muitas vezes, interferindo negativamente na qualidade de
vida do Ser.
Os estados emocionais negativos são imagens de convicções
negativas. A natureza desses estados parecem ser mentais. As pessoas que
assumem para si a tarefa de se amarem, se desvitimizarem,
e estendem essa perspectiva para o universo, percebem que o universo lhes
responde. A antiga sabedoria judaico-cristã diz que a cada momento de nossa
existência somos intimados a escolher entre a vida e a morte, optar pela vida é
o sentido de se estar vivo. Quando escolhemos a vida via convicções positivas,
nos alinhamos com os ritmos, a harmonia, a abundância e a graça do universo.
(EPSTEIN, 1990, p.235-236).
Curar feridas da alma é estabelecer contato consciente com os
sentimentos dolorosos e escolher re-significá-los através de imagens que aliviem
a impressão e a história sofrida. Não se trata de negar ou mascarar a realidade
objetiva, e sim a partir dela fazer um caminho de ‘limpeza emocional’, com
visualizações benéficas, desse modo, por exemplo, um coração machucado pela
experiência da separação, do luto, da perda, pode ser imaginado sendo curado
pela energia do Amor Maior, como uma luz branda e suave, de coloração violeta,
que semelhante a uma brisa toca o coração e o costura nas mãos divinas da fé. Exercícios bem dirigidos, com
pessoas capacitadas nos diversos segmentos médico, terapêutico, comunitário e
religioso podem auxiliar na maturação da visão de que o Ser Humano está na Vida
para aprender a reconhecer sua essência.
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